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Djonga

Oto Patamá

 

Oto Patamá

(album: Histórias Da Minha Área - 2020)


Tenho astigmatismo, nem gosto de flash
Faço essa merda com o foco no sorriso negro
Deixo ela em chama e hoje ela vive a me chamar de Nero
E eu vivo desde menor a chamar dinero
E por aqui, carreira é outra parada
Logo quem vem de onde eu vim não confia em carreira
Carreira vicia experimentei dos dois tipo
Não importa o dono se o cão na coleira
É que nós nunca cai no jogo das vaidade
Vai idade e eu não paro de reparar
Que seu povo tem prazer em bater
Porque não sabe a dor que é apanhar
Uó, Ah, Discos de platina na minha sala
E ainda assim não me sinto completo
Eu corro atrás de alguma coisa que eu ainda não tem nome
Juro que não tenho tesão por nenhum objeto
Por isso eu não descanso
Eu faço eu passo a bola quando eu morrer
Me chamam de fominha estilo Neymar
Mas se não é o pai no time, quem vai resolver?
não me chamam de mascarado
Eles são geniosos, eu sou genial...
E nessa escada de sucessos
Minha humildade é o degrau
Me enchendo de álcool
Pra ver se transbordam as mágoas
Sempre quis virar Deus pra ser mais humano
De jet ski ando sobre as águas
Querem foto comigo e com meu carro
Duas raridade preta Oto Patamá
Lanço todo dia 13 pra provar pra tu
Que um raio cai de novo no mesmo lugar
Então olha ali no beco a cor do que morreu
O raio caiu de novo no mesmo lugar
O boy curtindo Jurerê, várias bunda e sol
Nossa vida é a tempestade e podia passar
É tanto estilo que meus papo reto vira hit
Não desafia se não seu dente vai virar rout
Eu dou caralho e carinho ainda que seja um pente
Mandou mensagem pras amiga, "ele é tão fofo, ownt"

É que eu falo a língua dos manos
Não perco uma batalha
E apesar dos danos
Sou história na minha área
Sou história da minha área
Sou história na minha área
Orgulho de onde eu vim
Sou história da minha área
Sou história na minha área
Sou história na minha área
Orgulho de onde eu vim,

Se cada um é um universo
Quem salva uma vida salva um mundo inteiro
Seja protagonista da sua história
Pega a folha e muda o roteiro
Minha gente cruzou o mar a força com mão branca
Cruzei voando com a força da minha palavra
Nós é bom no campo igual Bruno Henrique
Porque lembra dos tempo na várzea
Mas vários quer ser astro né, sou astro rei
Aprende filhinho, que eu ilumino geral
Enquanto uns curte brilhar sozinho
Falo tanto de mim e do meu proceder
E o passado semelhante a nos preceder
Ó pai
Que quando eu falo do Djonga falando d'ocê
Paranoico igual 2Pac, que são All Eyez on Me
Mas poucos comigo, hoje fácil eu ter casa na zona sul
Difícil é não fazer o jogo do inimigo
Ser cercado de supostos perdedores no barraco
Vão te chamar de pato ou amigos falsos na sua mansão
Tipo assim, sua piscina cheia de ratos, é
Diferença de fumar e fazer arte
É que com cigarro pra parar
Antes de Pump It e Lil Pump, eu queria ser pimp
De Chevette tubarão na beira-mar
Nós é o toque da BM, aquela fuga da PM
O grito engasgado pros perna cinzenta e sem creme
Que quando sirene treme
Ó o refrão

É que eu falo a língua dos manos
Não perco uma batalha
E apesar dos danos
Sou história na minha área
Sou história da minha área
Sou história na minha área
Orgulho de onde eu vim
Sou história da minha área
Sou história na minha área
Sou história na minha área
Orgulho de onde eu vim,

Ô, Leo, valeu, brigadão, pai. Deus abençoe. Brigado mesmo, de coração. Que show maravilhoso! Brigado! O cara canta demais, sô. "Ô, falador, quando fala quando nós no poder! A favela sorriu e os boy chorou!"

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