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Alô? E
aí, fei? Tá por onde? To na praça já, aqui na Pompéia, já é Ta encostando? Ta do lado? Demorô, é nois E
aí, loco Certo, pai? Firmeza? Firmão. Qual que é a
boa? Então, mano, ce ficou sabendo de um bagulho que aconteceu aí, man? Num fiquei não, tem alguma coisa a
ver com aquele moleque lá, mano? É, então, bagulho ficou louco É memo? Ce ficou sabendo ou não? Não, mano Deixa eu te contar essa fita aí, então Pô, vamo aí... E
ele era só mais um moleque Pronto pra desandar e
quando a
vida foi testar, caiu Mas era só mais um moleque, certo pra só errar Enquanto a
cabeça tem que aguentar, subiu Desde pequeno, o
menino ia vendo que, no veneno O
ódio escorrendo no rosto sedento dentro de si E
ia sabendo que mesmo querendo, a
mãe compreendendo Marrento marido, tormento, só pensando em fugir Embriagado e
bebendo Atormentado e
violento Incentivado sabendo que os 2 I
am descobrir E a
mãe só chora e
caminha Esperançosa e
sozinha Virou fofoca na vila As vizinha queria rir Ele sabia que era osso Tinha 15 anos nas costas A
mãe tava passando sufoco E
ela pensava que o
pai tava fora Mas ele bebendo voltava bem torto, louco Pra deixar a
mulher com o
olho roxo Ele falava que ela se importava com a
vida dos outros Mas ela sabia que a
família já caía E o
moleque, na agonia, não tinha o
que fazer Ele tentava, se espelhava Se orgulhava e
aguardava Só o
momento de crescer Mas aconteceu uma Que o
pai dele com uma E
deu pra ouvir ele falar "Sua safada vem me ch..." Olhares se cruzaram e
divergiram E
apenas dois olhares de milhares que haviam E
vulgares paladares perguntaram e
sorriram "Você conhece esse moleque?" Eu nunca vi esse neguinho E a
partir daquele momento Desprezado, mal tratado e
abandonado Sem reconhecimento do próprio pai Contar pra mãe não podia Sabia que ela choraria Seria como um ataque de crime, então ele sai De casa ele tromba o
parça Que passa pó e
fumaça na praça O
carro e
uma loiraça no banco de trás Ele na depressão, bom menino Trabalhava, namorava e
estudava Agora não estuda mais A
voz do mal fala mais Faz a
proposta o
rapaz Larga de mão seu caráter Que eu tenho um negócio que lucra bem mais Já tava sem sentido, juízo Meio indeciso, procurava E
não achava motivos pra dar pra trás Logo ele se envolve E
flanela e o
revólver Suor no corpo dissolve De medo Muita atenção! "Criado a
leite com pêra, casa na beira da praia Mamãezinha e
mamadeira" Imagine com a
arma na mão! Portando o
B.O De loque Tava função pra levar pro 'mocó' Virando na esquina da volta Buzina, polícia na casa onde pegou menor Enquanto ele corria Sem querer tropeçaria e
atiraria E
não queria que o
final fosse um só E
aí, como é que fica? Se o
crime organizado nasce dentro do presídio E
é vício a
falta dessa educação O
sistema não explica Por que botar corrente em gente grande E
adolescente no mesmo lugar? Conspiração E
aí, como é que fica? Se o
crime organizado nasce dentro do presídio E
é vício a
falta dessa educação O
sistema não explica Por que botar corrente em gente grande E
adolescente no mesmo lugar? Conspiração
完毕